sábado, 9 de outubro de 2010

Verdes Anos


Ontem no café em momento de tertúlia com uns amigos do costume falávamos nos “Verdes anos”, outros chamavam-lhes “Anos dourados”, falávamos na adolescência de cada um, onde não havia o grande peso da responsabilidade, onde o trabalho de cada um era estudar outros passear os livros, o peso do primeiro amor, os choros nos ombros uns dos outros… e hoje… após algum trajecto de vida alguma maturidade conquistada, recordamos algumas das nossa passagens com saudade… mesmo que essa nos tivessem na altura trazido transtorno, hoje olham-mo as como aprendizagem…
Somos hoje todos adultos entre a faixa etária dos 30, 40 anos, onde a maioria já tem a vida minimamente organizada, uns já com filhos outros abdicaram da família e preferiram construir carreira e em alguns casos estes que abdicaram da sua vida pessoal, hoje sentem se sozinhos, não por não terem amigos ou família tipo pai e mãe, mas sim alguém com quem partilhar o dia-a-dia, a quem dar de si a quem se dedicarem… sendo que algumas querem mostrar-se tão fortes e ao fim ao cabo são tão ou mais frágeis que aqueles que fazem o contrabalanço entre vida pessoal e vida profissional…
A Liliana era uma miúda onde o que queria era construir carreira, no mundo da moda ser uma manequim de fazer bater muitos flashes e estudando para ser uma estilista famosa, e o casamento não constava nos seus planos, muito menos ter filhos. Os anos passaram, 10 anos depois a Liliana é Casada, mãe de 2 filhos, a Maria e o Manuel já com o 3 a caminho… os flashes ficaram para trás, os estilismo foi… mas o estilo ficou… e a mesma afirma que é feliz, não é nada do que programou… Mas em contrapartida a vida foi muito generosa com ela, deu-lhe um marido fantástico e uns filhos que ama, e esta ainda refere se já tinha vontade de lutar pela vida agora tem mais razões ainda.
A Célia era a menina que queria casar de flor de laranjeira … se estivéssemos a espera do casamento da mesma para comer … já tínhamos morrido há fome… esta segue solteira e boa rapariga namorando o seu Miguel, namoram a tantos anos que nós já lhes perdemos o conto…
Isto quando for para a boda comemoram as bodas de prata e de ouro tudo junto…
O Paulinho lá anda na sua vida de aulas com o seu novo amor… aproveitam todos os momentos para se conhecerem melhor, este depois de alguns anos de lutar pela carreira apercebeu-se que lhe faltava uma metade, mas nunca a procurou… esperou que a vida se encarregasse de trazer-lhe o que a si lhe pertence. Este refere que se lhe dessem a escolha trocar tudo o que tem para ter de volta a sua juventude, que não o faria, acha que cada idade tem a sua beleza e que hoje se acha mais capaz mais autêntico e mais liberto de opiniões e preconceitos, só retrocederia por uma razão… para dar um grande beijo e um grande abraço aos seus pais que deus já lá tem.
O Jorge passou 7 anos foram complicados onde tudo teve e tudo perdeu… Este teve de lutar contra muitos dos seus para se libertar se do estigma, e dito pelo mesmo… “aquilo que não vê não o incomoda…” afim de muita construção e destruição dentro de si… chegou a um ponto de paz onde o mesmo sente como sendo um principio de caminho de paz… Hoje com o seu companheiro, João este sente que encontrou um equilíbrio onde sente que tudo tem… nada lhe falta, e sente-se a amar com alma que não seria capaz de voltar trás no tempo fosse pelo que fosse… mesmo que fosse para corrigir erros de outrora… fazem parte do seu trajecto como tal, fizeram dele a pessoa fantástica que é hoje…
O João refere que não voltaria atrás, tudo o que fez esta feito, mediante espaço e contexto, única e exclusivamente a única coisa que se arrepende e do que deixou por fazer, ou o que deveria ter feito e não fez.
Mª Odete amiga com quem vivo é uma mulher que lutou a vida inteira grande parte do seu trajecto sempre sozinha, esta diz que não voltava para trás pois tinha medo no que se poderia vir a meter, como tal sente-se muito bem na idade que tem…
Eu se voltasse para trás, eu acho que faria tudo igual, as reacções seriam as mesmas, pois a pessoa é a mesma… hoje nos meus 33 anos agradeço tudo o que a vida me deu de bom de mau, todos os abraços… todos os beijos… todas as bofetadas com que fiquei e as que devolvi… A todos aqueles que se interceptaram no meu caminho… aqueles que eu interceptei, aos que passaram e não pararam, e que eu desejei boa viagem… Por todas as metamorfoses, por todos aqueles que aqui seguem comigo… por todo caos criado a tudo o que me influenciou e a pessoa que sou hoje quero viver o agora, sozinho acompanhado, quero é viver se puder ser contigo viveria mais feliz e mais completo… obrigado pelo teu amor pelo teu carinho, obrigado pelo quanto me fizeste e ainda fazes crescer… mesmo ausente. Amo-te

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